Ao ler esse livro posso testemunhar foi a luz que precisava para
encontrar a saída da tristeza, do comodismo, do medo.
Consegui acabar com o seqüestro da minha subjetividade. Hoje sou livre
como um pássaro e aprendi dar valor poder voar, sentir o vento tocar na face. A
vida vale a pena.
Descobri que tenho uma força interior que vem de Jesus. Tudo posso
naquele que me fortalece.
Admiro o professor, escritor e Padre Fabio de Melo pela Luz que me
passou por ensinamentos de vida e de amor.
Indico esse livro as pessoas que são escravas do vicio, de um casamento
infeliz, de um trabalho que escraviza. Viva e seja feliz. Proclamo minha
vitoria e paz sobre meus medos, minhas tristezas e angustias.
O bem da ventura eu quiz e assim eu vou... Me aventurando a ser feliz!
Pe. Fábio de Melo
"O que nos encanta no outro é o que ele nos conseguiu
fazer enxergar em nós mesmo!"
fazer enxergar em nós mesmo!"
Pe. Fábio de Melo
O amor só pode acontecer nas pessoas que
atravessaram a ante-sala da paixão.
Somente depois de conhecidos limites e virtudes é o que o amor é real!" - Pe Fabio de Melo
Somente depois de conhecidos limites e virtudes é o que o amor é real!" - Pe Fabio de Melo
"Tudo começa pequeno nessa vida;
E só cresce se o permitimos!"
E só cresce se o permitimos!"
Pe. Fábio de Melo
" O Amor nasce do LIMITE"
Pe. Fábio de Melo
Diga-me quem você mais perdoou na vida, e então direi quem você mais
amou.
Pe. Fábio de Melo
O que nos
faz amigos é essa capacidade de sermos muitos, mesmo quando somos dois.
Pe. Fábio de Melo
Nós sempre precisamos de amigos. Gente que seja capaz de nos indicar
direções, dispertar o que temos de melhor e ajudar a retirar excessos que nos
tornam pesados. É bom ter amigos. Eles são pontes que nos fazem chegar aos
lugares mais distantes de nós mesmos.
Pe. Fábio de Melo
Não há amor fora da experiência do cuidado. A vida requer cuidado, os
amores também.
Pe. Fábio de Melo
"O grande segredo da vida é viver o dia, amanhã não sei o que vai ser,
melhor viver agora!A vida passa tão depressa, semelhante ao vento. Não espere
para amar depois talvez não dê mais tempo!Amor foi feito para amar, perdão foi
feito pra se dar, não semeie pra colher depois, o tal ressentimento. Portanto é
melhor viver pensando ser a despedida, olhando tudo ao seu redor como quem vai
embora! Pudera eu fazer virar palavra este meu sentimento e te dizer o quanto
sou feliz por seres meu amigo! Pudera eu abrir meu coração e te mostrar o
fundo, te revelar com gestos e palavras que te amo muito!Pudera eu retroceder
na história,regressar no tempo,reencontrar aqueles que partiram sem o meu
abraço,mas eu bem sei q o essencial de hoje é viver o agora, melhor assim:nem
antes,nem depois o amor é agora!Não deixes pra fazer depois se pode ser
agora,um sorriso custa muito pouco e ilumina a alma, não permita que o sol se
ponha sobre a tua ira, não há mágoa que no coração mereça ser trazida!"
Pe. Fábio de Melo
Em cada porto e despedida dessa vida esqueci meu coração batendo lá...
(Eu também, Padre!)
Pe. Fábio de Melo
Quem me dera pudesse compreender os segredos e mistérios dessa vida, esse
arranjo de chegadas e partidas; essa trama de pessoas que se encontram, se
entrelaçam e misturadas ganham outra direção...
Pe. Fábio de Melo
A acontecimentos que palavras não explicam...
Pe. Fábio de Melo
Ter olhos puros é ter uma conexão direta com nosso coração. Quando Deus
transforma o nosso jeito de pensar, modifica também o nosso jeito de olhar as
coisas e as pessoas. Vemos as coisas com os olhos da pureza, sem preconceito.
Olhar as pessoas com pureza significa permitir que elas sejam vistas por nós
como se estivessem sendo vistas por Jesus.
É muito bonito descobrirmos que, na oportunidade de encontrar o outro, também encontramos um pouquinho daquilo que somos. Há duas formas da fazermos isso: nos alegrando quando vemos, refletido no outro, um pouco daquilo que temos de bom. Mas também podemos nos entristecer, quando vemos o que o outro tem de ruim e descobrimos que somos ruins também daquele jeito.
Por isso é natural que, muitas vezes, aquilo que eu escuto de ruim do outro eu acabo não gostando, porque, na verdade, ele me mostra o que eu sou.
Ter a pureza no olhar significa você se despir de tudo e começar a olhar com carinho e liberdade para aquilo que o outro é, permitindo que esse seja o encontro frutuoso, tanto para nos mostrar o que temos de bom e para nos indicar no que precisamos ser melhor.
Neste dia de Santa Luzia, desejo que todos nós tenhamos os olhos puros.
É muito bonito descobrirmos que, na oportunidade de encontrar o outro, também encontramos um pouquinho daquilo que somos. Há duas formas da fazermos isso: nos alegrando quando vemos, refletido no outro, um pouco daquilo que temos de bom. Mas também podemos nos entristecer, quando vemos o que o outro tem de ruim e descobrimos que somos ruins também daquele jeito.
Por isso é natural que, muitas vezes, aquilo que eu escuto de ruim do outro eu acabo não gostando, porque, na verdade, ele me mostra o que eu sou.
Ter a pureza no olhar significa você se despir de tudo e começar a olhar com carinho e liberdade para aquilo que o outro é, permitindo que esse seja o encontro frutuoso, tanto para nos mostrar o que temos de bom e para nos indicar no que precisamos ser melhor.
Neste dia de Santa Luzia, desejo que todos nós tenhamos os olhos puros.
Pe. Fábio de Melo
Acreditar em si mesmo.
O maior inimigo que nós podemos ter na vida não está de fora. O maior
inimigo que nós podemos ter na vida está aqui dentro, sou eu, eu é que faço
perder. Durante muito tempo eu pensei que os meus problemas fossem causados
pelas pessoas que estavam de fora, mas não é verdade. O maior problema quem
causa somos nós, é o tanto que a gente deixa o outro nos afetar, é o tanto que
a gente deixa o outro nos dominar. O primeiro passo para mudança tem que ser
meu, eu é que tenho que tomar posse dessa mudança e reorientar a minha vida
então se eu cometi erros demais no passado, eu preciso me reconciliar com eles
agora. Não é possível a gente continuar a vida sem fazer esse processo da
reciclagem do que passou. O passado tem que ser reciclado. Da mesma maneira que
o rio precisa ser purificado, eu também preciso dessa purificação todos os dias
porque se não daqui a pouco eu sou um lugar insuportável para os outros.
Pessoas são semelhantes aos rios, gente, nós vamos vivendo um processo de
poluição...passa um joga um lixo, passa um joga uma garrafa. O ser humano é a
mesma coisa, por onde você já passou por essa vida, o que que foi que os outros
jogaram em você e que você não retirou das águas? Se a gente não põe em ordem
os sentimentos do dia, se a gente não faz uma triagem das coisas, nós vamos nos
transformando num rio poluído. Sou eu que tenho que acreditar em mim, não é o
outro que tem que ficar olhando pra mim e dizendo ‘eu acredito em você’. O que
vai convencer o outro de que eu estou mudado e reconciliado com o meu passado
não é o que eu falo, é o que eu vivo! E o que nós precisamos muitas vezes é
firmar um novo jeito de viver. O que as vezes falta em nós é justamente essa
coragem, determinação, de tirar logo as coisas que estão nos incomodando. Vamos
pra frente, minha gente! Pra que ficar lamentando o que não deu certo, pra que
ficar lamentando aqui o lixo que jogaram em mim naquele dia ou a poluição que
me causaram. Eu agora estou diante de tudo isso, preciso dar um jeito, não
tenho como negligenciar essa limpeza, sou eu que tenho que fazer, o inimigo não
está fora, o inimigo está é aqui dentro e se tem alguém que pode fazer eu
perder esse jogo sou eu mesmo. Quantas pessoas na vida não conseguem chegar lá,
não conseguem alcançar os objetivos porque entregam os pontos antes da hora?
Não teimam. Gente, nós temos que ser teimosos e Jesus nos ensina isso, essa
teimosia bonita, né: eu quero isso, eu vou lutar por isso porque eu acredito no
valor disso. É como você amar alguém, não desistir, porque você está vendo o
que o outro ainda não viu.
Pe. Fábio de Melo
Humano eu sou assim: virtudes e limites,se agora me permites eu aprendo
ser feliz,
sem prender-me ao que não fiz, mas olhando o que é possível.
sem prender-me ao que não fiz, mas olhando o que é possível.
Pe. Fábio de Melo
Amar não é prender nem ter domínio sobre alguém, mas consiste em fazer
livre a quem se ama e se quer bem, odo amor que não promove a liberdade, não
convém.
Pe. Fábio de Melo
Amor foi feito para amar
Perdão foi feito pra se dar
Não semeie pra colher depois, o tal ressentimento.
Perdão foi feito pra se dar
Não semeie pra colher depois, o tal ressentimento.
Pe. Fábio de Melo
Só quem já perdeu na vida sabe o que é ganhar
Porque encontrou na derrota o motivo para lutar.
Porque encontrou na derrota o motivo para lutar.
Pe. Fábio de Melo
O que da vida não se descreve...
Eu me recordo daquele dia. O professor de redação me desafiou a descrever o sabor da laranja. Era dia de prova e o desafio valeria como avaliação final. Eu fiquei paralisado por um bom tempo, sem que nada fosse registrado no papel. Tudo o que eu sabia sobre o gosto da laranja não podia ser traduzido para o universo das palavras. Era um sabor sem saber, como se o aprimorado do gosto não pertencesse ao tortuoso discurso da epistemologia e suas definições tão exatas. Diante da página em branco eu visitava minhas lembranças felizes, quando na mais tenra infância eu via meu pai chegar em sua bicicleta Monark, trazendo na garupa um imenso saco de laranjas. A cena era tão concreta dentro de mim, que eu podia sentir a felicidade em seu odor cítrico e nuanças alaranjadas. A vida feliz, parte miúda de um tempo imenso; alegrias alojadas em gomos caudalosos, abraçados como se fossem grandes amigos, filhos gerados em movimento único de nascer. Tudo era meu; tudo já era sabido, porque já sentido. Mas como transpor esta distância entre o que sei, porque senti, para o que ainda não sei dizer do que já senti? Como falar do sabor da laranja, mas sem com ele ser injusto, tornando-o menor, esmagando-o, reduzindo-o ao bagaço de minha parca literatura?
Não hesitei. Na imensa folha em branco registrei uma única frase. "Sobre o sabor eu não sei dizer. Eu só sei sentir!"
Eu nunca mais pude esquecer aquele dia. A experiência foi reveladora. Eu gosto de laranja, mas até hoje ainda me sinto inapto para descrever o seu gosto. O que dele experimento pertence à ordem das coisas inatingíveis. Metafísica dos sabores? Pode ser...
O interessante é que a laranja se desdobra em inúmeras realidades. Vez em quando, eu me pego diante da vida sofrendo a mesma angústia daquele dia. O que posso falar sobre o que sinto? Qual é a palavra que pode alcançar, de maneira eficaz, a natureza metafísica dos meus afetos? O que posso responder ao terapeuta, no momento em que me pede para descrever o que estou sentindo? Há palavras que possam alcançar as raízes de nossas angústias?
Não sei. Prefiro permanecer no silêncio da contemplação. É sacral o que sinto, assim como também está revestido de sacralidade o sabor que experimento. Sabores e saberes são rimas preciosas, mas não são realidades que sobrevivem à superfície.
Querer a profundidade das coisas é um jeito sábio de resolver os conflitos. Muitos sofrimentos nascem e são alimentados a partir de perguntas idiotas.
Quero aprender a perguntar menos. Eu espero ansioso por este dia. Quero descobrir a graça de sorrir diante de tudo o que ainda não sei. Quero que a matriz de minhas alegrias seja o que da vida não se descreve...
fabiodemelo.com.br - © 2003/2008 - todos os direitos reservados Créditos Produção executiva: Talentos Produções
Gerenciamento de Conteúdo: Andréia Mansur
Design, Programação PHP, Tableless, Fotos e Administração: Maurício Lafourcade
Foto da imagem de topo: Juliana Andrade | by Mauricio Lafourcade
Eu me recordo daquele dia. O professor de redação me desafiou a descrever o sabor da laranja. Era dia de prova e o desafio valeria como avaliação final. Eu fiquei paralisado por um bom tempo, sem que nada fosse registrado no papel. Tudo o que eu sabia sobre o gosto da laranja não podia ser traduzido para o universo das palavras. Era um sabor sem saber, como se o aprimorado do gosto não pertencesse ao tortuoso discurso da epistemologia e suas definições tão exatas. Diante da página em branco eu visitava minhas lembranças felizes, quando na mais tenra infância eu via meu pai chegar em sua bicicleta Monark, trazendo na garupa um imenso saco de laranjas. A cena era tão concreta dentro de mim, que eu podia sentir a felicidade em seu odor cítrico e nuanças alaranjadas. A vida feliz, parte miúda de um tempo imenso; alegrias alojadas em gomos caudalosos, abraçados como se fossem grandes amigos, filhos gerados em movimento único de nascer. Tudo era meu; tudo já era sabido, porque já sentido. Mas como transpor esta distância entre o que sei, porque senti, para o que ainda não sei dizer do que já senti? Como falar do sabor da laranja, mas sem com ele ser injusto, tornando-o menor, esmagando-o, reduzindo-o ao bagaço de minha parca literatura?
Não hesitei. Na imensa folha em branco registrei uma única frase. "Sobre o sabor eu não sei dizer. Eu só sei sentir!"
Eu nunca mais pude esquecer aquele dia. A experiência foi reveladora. Eu gosto de laranja, mas até hoje ainda me sinto inapto para descrever o seu gosto. O que dele experimento pertence à ordem das coisas inatingíveis. Metafísica dos sabores? Pode ser...
O interessante é que a laranja se desdobra em inúmeras realidades. Vez em quando, eu me pego diante da vida sofrendo a mesma angústia daquele dia. O que posso falar sobre o que sinto? Qual é a palavra que pode alcançar, de maneira eficaz, a natureza metafísica dos meus afetos? O que posso responder ao terapeuta, no momento em que me pede para descrever o que estou sentindo? Há palavras que possam alcançar as raízes de nossas angústias?
Não sei. Prefiro permanecer no silêncio da contemplação. É sacral o que sinto, assim como também está revestido de sacralidade o sabor que experimento. Sabores e saberes são rimas preciosas, mas não são realidades que sobrevivem à superfície.
Querer a profundidade das coisas é um jeito sábio de resolver os conflitos. Muitos sofrimentos nascem e são alimentados a partir de perguntas idiotas.
Quero aprender a perguntar menos. Eu espero ansioso por este dia. Quero descobrir a graça de sorrir diante de tudo o que ainda não sei. Quero que a matriz de minhas alegrias seja o que da vida não se descreve...
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Pe. Fábio de Melo
Eu, quando visto pelo outro.
Quem sou eu? Eu vivo pra saber. Interessante descoberta que passa o tempo todo pela experiência de ser e estar no mundo. Eu sou e me descubro ainda mais no que faço. Faço e me descubro ainda mais no que sou. Partes que se complementam.
O interessante é que a matriz de tudo é o "ser". É nele que a vida brota como fonte original. O ser confuso, precário, esboço imperfeito de uma perfeição querida, desejada, amada.
Vez em quando, eu me vejo no que os outros dizem e acham sobre mim. Uma manchete de jornal, um comentário na internet, ou até mesmo um email que chega com o poder de confidenciar impressões. É interessante. Tudo é mecanismo de descoberta. Para afirmar o que sou, mas também para confirmar o que não sou.
Há coisas que leio sobre mim que iluminam ainda mais as minhas opções, sobretudo quando dizem o absolutamente contrário do que sei sobre mim mesmo. Reduções simplistas, frases apressadas que são próprias dos dias que vivemos.
O mundo e suas complexidades. As pessoas e suas necessidades de notícias, fatos novos, pessoas que se prestam a ocupar os espaços vazios, metáforas de almas que não buscam transcendências, mas que se aprisionam na imanência tortuosa do cotidiano. Tudo é vida a nos provocar reações.
Eu reajo. Fico feliz com o carinho que recebo, vozes ocultas que não publico, e faço das afrontas um ponto de recomeço. É neste equilíbrio que vou desvelando o que sou e o que ainda devo ser, pela força do aprimoramento.
Eu, visto pelo outro, nem sempre sou eu mesmo. Ou porque sou projetado melhor do que sou, ou porque projetado pior. Não quero nenhum dos dois. Eu sei quem eu sou. Os outros me imaginam. Inevitável destino de ser humano, de estabelecer vínculos, cruzar olhares, estender as mãos, encurtar distâncias.
Somos vítimas, mas também vitimamos. Não estamos fora dos preconceitos do mundo. Costumamos habitar a indesejada guarita de onde vigiamos a vida. Protegidos, lançamos nossos olhos curiosos sobre os que se aproximam, sobre os que se destacam, e instintivamente preparamos reações, opiniões. O desafio é não apontar as armas, mas permitir que a aproximação nos permita uma visão aprimorada. No aparente inimigo pode estar um amigo em potencial. Regra simples, mas aprendizado duro.
Mas ninguém nos prometeu que seria fácil. Quem quiser fazer diferença na história da humanidade terá que ser purificado neste processo. Sigamos juntos. Mesmo que não nos conheçamos. Sigamos, mas sem imaginar muito o que o outro é. A realidade ainda é base sólida do ser.
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Quem sou eu? Eu vivo pra saber. Interessante descoberta que passa o tempo todo pela experiência de ser e estar no mundo. Eu sou e me descubro ainda mais no que faço. Faço e me descubro ainda mais no que sou. Partes que se complementam.
O interessante é que a matriz de tudo é o "ser". É nele que a vida brota como fonte original. O ser confuso, precário, esboço imperfeito de uma perfeição querida, desejada, amada.
Vez em quando, eu me vejo no que os outros dizem e acham sobre mim. Uma manchete de jornal, um comentário na internet, ou até mesmo um email que chega com o poder de confidenciar impressões. É interessante. Tudo é mecanismo de descoberta. Para afirmar o que sou, mas também para confirmar o que não sou.
Há coisas que leio sobre mim que iluminam ainda mais as minhas opções, sobretudo quando dizem o absolutamente contrário do que sei sobre mim mesmo. Reduções simplistas, frases apressadas que são próprias dos dias que vivemos.
O mundo e suas complexidades. As pessoas e suas necessidades de notícias, fatos novos, pessoas que se prestam a ocupar os espaços vazios, metáforas de almas que não buscam transcendências, mas que se aprisionam na imanência tortuosa do cotidiano. Tudo é vida a nos provocar reações.
Eu reajo. Fico feliz com o carinho que recebo, vozes ocultas que não publico, e faço das afrontas um ponto de recomeço. É neste equilíbrio que vou desvelando o que sou e o que ainda devo ser, pela força do aprimoramento.
Eu, visto pelo outro, nem sempre sou eu mesmo. Ou porque sou projetado melhor do que sou, ou porque projetado pior. Não quero nenhum dos dois. Eu sei quem eu sou. Os outros me imaginam. Inevitável destino de ser humano, de estabelecer vínculos, cruzar olhares, estender as mãos, encurtar distâncias.
Somos vítimas, mas também vitimamos. Não estamos fora dos preconceitos do mundo. Costumamos habitar a indesejada guarita de onde vigiamos a vida. Protegidos, lançamos nossos olhos curiosos sobre os que se aproximam, sobre os que se destacam, e instintivamente preparamos reações, opiniões. O desafio é não apontar as armas, mas permitir que a aproximação nos permita uma visão aprimorada. No aparente inimigo pode estar um amigo em potencial. Regra simples, mas aprendizado duro.
Mas ninguém nos prometeu que seria fácil. Quem quiser fazer diferença na história da humanidade terá que ser purificado neste processo. Sigamos juntos. Mesmo que não nos conheçamos. Sigamos, mas sem imaginar muito o que o outro é. A realidade ainda é base sólida do ser.
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Pe. Fábio de Melo
O Movimento da Vida
Eu não sei se a vida é que vai rápida demais ou se sou eu que estou mais
lento. O que sei é que ando me atropelando nos próprios passos.
Eu resolvi desacelerar. Eu vou no rítmo que posso.
Não é fácil. É sabedoria que requer aprendizado! Eu quero aprender.
O descompasso é a causa de todo cansaço. O corpo é rápido, mas o coração não. O corpo anda no compasso da agenda. O coração anda é no compasso do amor miúdo. O corpo sobrevive de andares largos. O coração sobrevive de pequenos passos e de demoras. Eu já fui e voltei a inúmeros lugares e o coração nem saiu do lugar.
O mistério é saber reconciliar as partes. Conciliar um ritmo que seja bom para os dois.
Eu quero aprender. Não quero o martírio antes da hora. Quero é o direito de saborear o tempo como se fosse um menino que perdeu a pressa. O show? Ah, deixa pra depois. A voz não morrerá. Acendemos as luzes noutra hora. Deixe que o padre viva a penumbra de algumas poucas velas... Um padre combina mais com uma vela acesa que com um canhão de luz.
Há momentos em que a luz miúda nos revela muito mais que mil holofotes.
Chega de vida complicada. Eu preciso é de simplicidade!fabiodemelo.com.br - © 2003/2008 - todos os direitos reservados Créditos Produção executiva: Talentos Produções
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Eu resolvi desacelerar. Eu vou no rítmo que posso.
Não é fácil. É sabedoria que requer aprendizado! Eu quero aprender.
O descompasso é a causa de todo cansaço. O corpo é rápido, mas o coração não. O corpo anda no compasso da agenda. O coração anda é no compasso do amor miúdo. O corpo sobrevive de andares largos. O coração sobrevive de pequenos passos e de demoras. Eu já fui e voltei a inúmeros lugares e o coração nem saiu do lugar.
O mistério é saber reconciliar as partes. Conciliar um ritmo que seja bom para os dois.
Eu quero aprender. Não quero o martírio antes da hora. Quero é o direito de saborear o tempo como se fosse um menino que perdeu a pressa. O show? Ah, deixa pra depois. A voz não morrerá. Acendemos as luzes noutra hora. Deixe que o padre viva a penumbra de algumas poucas velas... Um padre combina mais com uma vela acesa que com um canhão de luz.
Há momentos em que a luz miúda nos revela muito mais que mil holofotes.
Chega de vida complicada. Eu preciso é de simplicidade!fabiodemelo.com.br - © 2003/2008 - todos os direitos reservados Créditos Produção executiva: Talentos Produções
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Pe. Fábio de Melo
7
A arte tem o dom de expiar pecados. Ela nos devolve a coragem no momento
em que a fragilidade insiste em soprar em nossos ouvidos a frase da
desistência, do abandono da luta.
Pe. Fábio de Melo
A saudade eterniza a presença de quem se foi...
Pe. Fábio de Melo
Retorno
Somente depois de ter andado por terras estranhas
É que pude reconhecer a beleza da minha morada.
A ausëncia mensura o tamanho do local perdido
Evidencia o que antes estava oculto, por força do costume.
Olhei minha mãe como se fosse a primeira vez,
Olhei como se eu voltasse a ser criança pequena
A descobrir-lhe as feições tão maternas.
Abri o portão prinipal como quem abria
Um cofre que resguardava valores incomensuráveis.
As vozes de todos os dias estavam reinauguradas.
Realizar a proeza de ser gerado de novo.
Suas mãos sobre os meus cabelos pareciam devolver-me
A mim mesmo.
Mãos com poder de sutura existencial...
Era como se o gesto possuísse voz, capaz de dizer:
Dorme meus filho, porque enquanto vocë dormir
Eu lhe farei de novo.
Dorme meu filho, dorme...
Somente depois de ter andado por terras estranhas
É que pude reconhecer a beleza da minha morada.
A ausëncia mensura o tamanho do local perdido
Evidencia o que antes estava oculto, por força do costume.
Olhei minha mãe como se fosse a primeira vez,
Olhei como se eu voltasse a ser criança pequena
A descobrir-lhe as feições tão maternas.
Abri o portão prinipal como quem abria
Um cofre que resguardava valores incomensuráveis.
As vozes de todos os dias estavam reinauguradas.
Realizar a proeza de ser gerado de novo.
Suas mãos sobre os meus cabelos pareciam devolver-me
A mim mesmo.
Mãos com poder de sutura existencial...
Era como se o gesto possuísse voz, capaz de dizer:
Dorme meus filho, porque enquanto vocë dormir
Eu lhe farei de novo.
Dorme meu filho, dorme...
Pe. Fábio de Melo
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